A técnica denominada tanatopraxia é o que existe de mais moderno no tratamento de cadáveres. Desenvolvida na Europa e nos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial, claramente inspirada nos métodos mais antigos de conservação de corpos. A tanatopraxia desembarcou no Brasil na década de 1980 e, desde então, o setor tem se expandido e se desenvolvido cada vez mais.

O foco da técnica é devolver ao corpo um aspecto próximo ao que tinha em vida, para ser exposto durante o velório de forma a preservar as melhores memórias entre parentes e amigos. Basicamente, o sangue do cadáver é substituído por um fluido à base de álcool, formol, glicerina e outras substâncias conservantes. É feita uma incisão na região femoral ou cervical, e o líquido é bombeado no corpo pela artéria, que retira o sangue e o escoa pela veia jugular. Outros elementos, como fezes e urina, também são extraídos do corpo.

Após a morte, o sangue humano rico em gás carbônico dá ao cadáver uma coloração arroxeada, por isso ele é retirado e substituído. Além de melhorar o aspecto do corpo, a técnica retarda a decomposição. O procedimento é realizado em locais especialmente destinados a este fim, os chamados tanatórios, que contam com toda a estrutura necessária e com os equipamentos de segurança que garantem a preservação do corpo e a proteção dos profissionais durante a prática.

Além da troca de fluidos e da higienização do corpo, o tanatopraxista também devolve a boa aparência para cadáveres que tenham sido danificados por conta de acidentes ou mortes violentas e que tenham possibilidade de reconstrução.