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Notícia
Primeira escola funerária no país abre em Setembro 20/08/2019

Existem mais de mil agências funerárias em Portugal, mas apenas uma multinacional. "Este é um sector marcado por empresas familiares, micro-empresas que têm em média três funcionários", disse à Lusa Nuno Monteiro, presidente da Associação Nacional de Empresas Lutuosas, (ANEL), que quarta-feira inaugura a Escola Funerária.

Nas empresas mais pequenas, os funcionários desempenham "vários papéis": "o escriturário pode ser também motorista", explicou Nuno Monteiro. No entanto, nos últimos anos tem-se assistido ao aparecimento de novos empresários "que querem mudar a mentalidade" e apostar na formação.

A preparação do cadáver, que "até 2005 era um bocadinho rudimentar", é uma das grandes preocupações destes profissionais. "Preparar um cadáver não é só vesti-lo. Existe todo um trabalho que pode demorar entre 20 minutos e duas horas: é preciso maquilhar, lavar, preparar o corpo. Desde 2005 que ensinamos uma nova técnica: a tanotopraxia", explicou Nuno Monteiro.

Com esta técnica, que se assemelha ao embalsamamento, o cadáver adquire uma aparência calma e serena, semelhante à existente em vida. No entanto, "ainda existem pessoas que não têm formação e pensam que basta pôr um bocado de maquilhagem", criticou.

"A apresentação do cadáver à família é um momento muito importante em todo o processo de luto e, do ponto de vista psicológico, a restituição do aspecto natural da pessoa falecida ajuda a atenuar a dor dos familiares", explicou.

Nos novos cursos da Escola Funerária - de agente funerário e de técnico de serviços funerários - também se aprende psicologia do luto.

"Não se pode falar com uma pessoa que acaba de perder um ente querido da mesma forma como se serve um café. Mas ainda há pessoas que, inconscientemente, têm comportamentos que não são os mais corretos". Para acabar com estas situações, a ANEL contratou psicólogos que vão ensinar os profissionais a lidar com o luto.

Aulas de anatomia, medicina legal, prevenção de risco, higiene e saúde no trabalho são outras vertentes dos cursos, que terá aulas teóricas na sede da ANEL e aulas práticas no Instituto de Medicina Legal e Instituto Nacional de Soldadura (aulas de soldadura de urnas).

Além da formação dos agentes no contacto com os clientes, os cursos ensinam também técnicas de gestão das agências.

As vagas para os dois primeiros cursos da escola profissional do sector funerário já estão quase todas preenchidas: "Em Setembro teremos 65 pessoas em cada um dos cursos que vão ser ministrados em simultâneo".